“Eu insisto em chegar, mas não sei por que ainda faço
isso. Chegar é uma coisa meio absurda. Por que acaba que, sempre que
a gente chega, o que acaba acontecendo é a gente olhar pra trás,
pro caminho que percorreu... vai entender isso! O caminhar é a
ilusão que a gente vai chegar, mas a gente não chega. A gente pára
de caminhar, num dado momento, e pensa que chegou.”
“Toda vez que a gente troca de lugar, experimenta um
sabor agradável de chegada.”
"Comigo, o negócio é chegar (de preferência, sem
precisar caminhar)... insisto sempre em chegar (onde? não sei...)
mas vou chegando..."
"Pra mim, terminar alguma coisa é quando está
chegando a hora de eu desistir, e parar de fazer."
“Experimenta pular de pé numa piscina. Faz as duas
experiências: numa delas, você começa a dar braçadas, no meio da
queda livre, e tenta voltar; na outra, você continua caindo, até
seus pés tocarem o fundo, e tomar impulso pra voltar. Vê qual é o
mais rápido, e que vai perder menos energia, ou então nada contra a
maré na praia. Eu não sei se chego ao fundo. Eu chego até onde a
gravidade me leva. Só depois que ela se retira é que eu posso
voltar. Não posso lutar contra a força dela, senão estarei
perdendo as minhas. A dor faz parte da gente. Não posso deixá-la,
lá no fundo. Tenho que ir lá pegá-la, senão ela se afoga.
Qualquer perda de energia, no meio disso, será antinatural e me
deixará mais vulnerável ainda. Eu tomo cuidado pra não ficar no
fundo. Chegando lá, eu, com certeza, volto. Mas tentar voltar antes
é perda de energia, e não terá valido a pena a descida.”
"A velhice chega, quando a pessoa começa a
projetar seus desejos para depois da morte."
“As respostas chegam sempre antes das perguntas. E,
quando as perguntas chegam, muitas respostas já foram embora.”
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