domingo, 22 de setembro de 2013

Revendo conceitos



“Não me interesso em ser reconhecida como artista, mas morreria feliz, se meu trabalho fosse reconhecido como arte... Creio que ela tenha esse direito.”

“As dores mais reais são invisíveis, intocáveis, não emanam odor, nao possuem sabor, nem textura... mas (cuidado!) elas matam.”

“Todos vão. Todos nós teremos o mesmo fim... Só que uns antes, e outros depois... Ninguém está sozinho nessa.”

“A única coisa que existe é passado. O futuro não existe, por que não existiu ainda. O presente não existe, por que não tem como mensurar. O tempo é reduzível, cada vez mais. Agora, passado existe, é como se tivesse passado pelo carimbo de autenticidade.”

“Viver é rodar pratos.”

“Não existe sonho realizável, pois o sonho, por si só, já é a realização, no imaginário humano, de um desejo realizável, ou não.”

“Meus fantasmas são o que tenho de mais vivo, presente e leal.”

domingo, 15 de setembro de 2013

Fazendo arte



"A arte é a competência que se tem para maquiar os pesadelos em sonhos. Creio que eu seja uma artista.”

"A vida é um jogo de espelhos, é sempre um jogo de espelhos. A arte reside em saber posicioná-los."

“A arte não pode ser aprisionada na forma, nem liberta demais no conteúdo. Ela deve despontar lentamente do sentir. E o sentir é livre na forma e denso no conteúdo.”

“Tem gente que não faz arte, faz gênero: não são artistas, são estilistas.”

“O ser humano não nasce com o dom artístico, mas sim, com um intenso desejo pela arte. Deseja tanto, a ponto de querer a arte em si mesmo, buscando encarnar o prazer que julga existir nela. Arte não é dom. Arte é a fuga do ser humano para dentro de si mesmo. É onde ele ousa imitar a natureza, reproduzindo o que nela há de belo. Sua pretensão é criar seu próprio mundo, e nele se banhar, se encharcar, se afogar, se consumir. Arte não é dom. Arte é escravidão.”

“Eu queria carregar a arte de dizer, sem precisar falar.”

“Numa madrugada insone, percebi que, assim como cantar, preciso escrever. Mesmo que ninguém ouça, mesmo que ninguém leia...isso tudo me assustou demais."

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Coisas da vida



“Toda mulher leva mais coisas na bolsa do que na mala."

"Chego a acreditar que a moral não tem ética alguma, e a ética foi desmoralizada."

“Eu vivo mudando de opinião, para degustar o prazer das únicas coisas intermináveis: as possibilidades.”

“A inveja é um sentimento que sofre de obesidade.”

"Muitos homens, quando se tornam pais, perdem totalmente a noção do significado da palavra covardia."

“A velhice é a ressaca do porre da juventude.”

“Disfarça. Não olha para o lado. Você está sendo seguido por seus medos e desejos.”

domingo, 1 de setembro de 2013

O Medo do Medo



(à minha amiga vítima da Síndrome do Pânico)

E agora?
O medo de morrer, os suores frios,
As vertigens, taquicardias,
Os tremores e temores...
Eles se foram.
A morte, para a qual tanto se preparou,
Não veio...
As embalagens de remédio,
As sobras de Florais de Bach,
As orações, os amuletos, as simpatias,
Os cartões de clínicas de emergência,
Os resultados de eletrocardiogramas...
Joga-se tudo fora...

Mas as constantes e repetidas
Despedidas e providências escritas,
A cada momento, que se acreditava ser o último,
Foram todas elas vistas, revistas...
E vão ficar por aí, em alguma gaveta, em busca de sentido.

Ou, quem sabe possam, um dia, vir a ser realmente necessárias?...
( realmente?!)

Talvez, elas fiquem como uma prova de veracidade
Daquilo que se espera um dia acreditar
Ter sido um pesadelo.

Talvez, fiquem como lembrança...

Pode ser que, enquanto tudo acontecia,
Medo e sujeito tenham se tornado cúmplices
E íntimos companheiros....
Sendo assim, sujeito não pode mais viver sem medo!
Mas que medo?
O medo?
O medo de sentir medo?
O medo de não mais saber reconhecer o medo?
O medo de que, com o esquecimento,
Trazido pelo passar dos tempos,
Não se possa mais reconhecer no outro,
Traços daqueles ‘sentires’ um dia sentidos.
Medo de que, para não mais sentir medo,
Tenha-se tornado embrutecido,
E capaz de, como tantos um dia o fizeram,
Banalizar a agonia intermitente
Que é o medo do medo.