“Na relação a dois, tudo se estabelece em
decorrência das escolhas de ambos - na guerra, na paz - no ódio, no
amor. Aqueles momentos da vida a dois são frutos da cumplicidade
estabelecida pelo passar do tempo, pela marcha da vida. Muito pouco,
ou nada, pode se dizer que fora construído isoladamente por apenas
um. Na convivência, o tempo é o ferro, os sentimentos, quaisquer
que sejam, são a solda, e ambos fundem de tal forma essas duas
criaturas, que não se distingue mais onde começa uma, nem onde
termina a outra.”
“Todo relacionamento amoroso acaba. Mesmo aqueles que
nunca acabam.”
“Você pode só amar, ou só desejar, uma pessoa. Pode
também, amar e desejar a mesma pessoa. Mas serão sentimentos
exclusivos entre si. Quando a gente prioriza o desejo, perde-se os
dois. Mas, infelizmente, essa é a nossa natureza: Seguir a trilha do
desejo. E o desejo nunca leva à plenitude, e sim ao esvaziamento. O
desejo é intenso, mas não é profundo. Já o amor ancora o
sujeito.”
"Entre o casamento e a separação, existem várias
justificativas. Mas a causa verdadeira da separação é: separou,
por que casou."
“Num relacionamento íntimo, tem-se o conflito de
desejos, uma vez que implica em sexo; o conflito das neuroses, visto
que pressupõe convivência; e em decorrência do caráter
monogâmico, condena à perda da liberdade. Conflito de desejos,
conflito de neuroses e perda de liberdade... Enquanto que, de luvas
brancas, a amizade se preserva desses confrontos, mantendo as mãos
limpas, e auferindo os louros de ser o mais nobre dos sentimentos.
Assim fica fácil.”
“A beleza desperta o desejo. A inteligência e a
sensibilidade despertam o amor.”
“Quando acaba uma relação de casal, resta ainda a
dizer um para o outro: ‘podemos continuar amigos’. Mas, quando
termina uma amizade, o que podemos ainda dizer? Seria a amizade, uma
prática, ou um sentimento? A prática acabaria, mas o sentimento
não? Como seria isso? Uma amizade termina?”